quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Carta de recomendação, Erin Gruwell.



Não se aprecia o que não se entende. Partindo desse princípio não pode um professor de Língua Portuguesa cobrar de um aluno uma compreensão plena da aula, se nela não foram dadas ferramentas de decodificação da mesma em forma de estimulo.
O que seriam essas ferramentas?
Sabendo-se que jamais se pode fazer uma pergunta em japonês a um aluno que somente fala português, sabe-se também que o primeiro passo para alimentar o gosto e a compreensão plena da aula, é simplesmente torná-la atrativa e envolvente.
Por isso, recomendamos o filme “escritores da liberdade” para ser usado na disciplina de prática pedagógica, pois o mesmo traz informações metodológicas sobre a flexibilidade do plano de aula do professor. No filme a professora Enrin leva em conta aquilo que está fora da sala de aula, que é o conhecimento de mundo dos alunos, valorizando as informações de cada “gangue” ou grupo.
No colégio com professores tradicionais, que alunos são separados e discriminados por serem negros, cambojanos, africanos, pobres, mexicanos, etc. Eles não têm o mesmo tratamento que o restante dos alunos do colégio, a professora com esse impasse muda seu cronograma de aula e suas metodologias de ensino, pois ela vê em seus alunos um potencial muito elevado em criar e em sair de certas situações.
O filme é baseado em uma história real, o que traz uma visão crítica sobre como ensinar e porque ensinar alunos que não tinham valor social para a escola naquele momento. A professora entendeu qual a realidade sócio-cultural, mudou seu modo de falar, para que de forma criativa pudesse adequar-se à realidade da turma, levando os estímulos necessários ao aumento do índice de interesse e compreensão das aulas de Língua Portuguesa.
Enrin parte do princípio de que não se pode cobrar de um aluno uma compreensão plena da aula, se nela não foram dadas ferramentas de decodificação da mesma em forma de estimulo. Em suas aulas ela usa como ferramentas: utilizando dinâmicas, letras de rap, e procura desse modo ganhar a confiança dos alunos.
Ela estuda os fatores de influência de seu grupo de discentes, suas dificuldades e limitações, levando-se em conta seu amadurecimento emocional, neurológico e social.
A professora se adequa à realidade dos alunos e os alunos começam a entenderem a proposta da professora, estabelecendo, assim, um vínculo afetivo entre ambos.  

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